O Plano Safra 2023/2024 já alcançou um marco significativo, com 50% do valor programado para a temporada já desembolsado para os produtores agrícolas. Este progresso notável representa um montante de R$ 217 bilhões, um crescimento de 15% em comparação com o período correspondente da safra anterior.
Dentro deste valor, os financiamentos de custeio representam a maior parcela, com R$ 126 bilhões, seguidos por R$ 44 bilhões em linhas de investimento. Além disso, as operações de comercialização e industrialização atingiram R$ 26 bilhões e R$ 20 bilhões, respectivamente.
Olhando para os contratos, observamos que mais de um milhão foram firmados em apenas cinco meses. Desses, a maior parte – 737.543 contratos – foram realizados sob o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), enquanto 115.267 contratos foram efetivados através do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
Quanto aos demais produtores, eles formalizaram 158.432 contratos, totalizando um expressivo valor de R$ 154,4 bilhões. Estes números demonstram o alcance e a eficácia do sistema de financiamento agrícola.
Especificamente na agricultura empresarial, que abrange médios e grandes agricultores, houve uma aplicação de crédito rural de R$ 186,5 bilhões de julho a novembro, um aumento de 19% em relação ao ano passado. Este valor corresponde a mais da metade do total destinado a este segmento pelo governo.
Os pequenos e médios produtores também não ficaram atrás, recebendo aproximadamente R$ 31 bilhões através do Pronaf e R$ 32,1 bilhões pelo Pronamp para diversas finalidades, incluindo custeio, investimento, comercialização e industrialização.
No que diz respeito aos investimentos específicos, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) registrou contratações de R$ 1,3 bilhão, marcando um aumento de 25%. Por outro lado, os financiamentos para o Pronamp alcançaram R$ 3 bilhões, com um expressivo crescimento de 70%.
Interessante notar é o aumento significativo no uso dos recursos livres equalizáveis, que chegaram a R$ 11 bilhões – um salto de 450% em comparação com a safra anterior. Isso indica uma maior dependência desta fonte de financiamento no Plano Safra atual. Além disso, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) desempenhou um papel crucial, contribuindo com 46% do total das aplicações na agricultura empresarial.
Os dados, extraídos no início do mês do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), refletem a dinâmica e a adaptabilidade do setor agrícola brasileiro. No entanto, é importante notar que esses números são provisórios e podem variar dependendo da data de consulta ao Sicor ou ao Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira.
Este panorama oferece uma visão encorajadora da indústria agropecuária do Brasil, demonstrando sua robustez e a eficácia das políticas de crédito rural em apoio aos agricultores de diferentes escalas.