O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 74,07 bilhões

O agronegócio brasileiro encerrou o primeiro semestre de 2023 com um superávit acumulado de US$ 74,07 bilhões, um aumento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor totalizaram US$ 82,33 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 8,25 bilhões, representando aumentos de 3,9% e 1,6%, respectivamente, em comparação a 2022. No geral, considerando todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro semestre também foi positivo, com um superávit de US$ 45,06 bilhões, um aumento de US$ 10,81 bilhões em relação ao ano anterior.

Em relação à participação do agronegócio nas importações e exportações brasileiras, as importações do setor representaram 6,8% do total importado pelo país no primeiro semestre de 2023, mantendo-se estáveis em comparação com o período anterior. Já a participação do setor nas exportações aumentou 1,39 ponto percentual, alcançando 49,7% do total exportado.

No mês de junho, o agronegócio registrou um superávit comercial de US$ 14,11 bilhões, mais do que suficiente para compensar o déficit de US$ 3,65 bilhões dos demais setores da economia brasileira. Esse resultado contribuiu para que o país encerrasse o mês com um superávit comercial de US$ 10,46 bilhões em todos os setores, um aumento de 17,6% em relação a junho de 2022. Embora o valor exportado de produtos do agronegócio tenha se mantido semelhante ao do mesmo mês do ano anterior, as importações do setor caíram 19,0% e as exportações diminuíram 1,8% em comparação ao ano anterior.

O primeiro semestre é tradicionalmente forte para o agronegócio brasileiro, impulsionado pela colheita da soja e pelo abate de bovinos antes do período de estiagem nas principais regiões produtoras. O saldo da balança comercial do setor apresentou uma forte recuperação em março e se manteve em níveis elevados desde então. No mês de maio, o agronegócio atingiu o maior valor exportado de toda a série histórica, totalizando US$ 16,6 bilhões.

No primeiro semestre de 2023, commodities como açúcar, soja em grãos, farelo de soja, milho, arroz e carne suína tiveram as maiores altas em valor exportado em comparação ao mesmo período do ano anterior. O complexo soja liderou as exportações, alcançando US$ 41,04 milhões em valor exportado nos seis primeiros meses de 2023, um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações de açúcar também apresentaram resultados favoráveis, com um aumento de 37,2% no valor comercializado e um volume 15,7% maior em comparação ao ano anterior. Os cereais, como o milho, tiveram um crescimento de 59,2% no valor exportado. A carne suína brasileira consolidou sua competitividade no mercado internacional, com um aumento de 16,1% no volume exportado e um crescimento de 27,4% no valor exportado.

Por outro lado, a carne bovina, o café, o algodão, os produtos florestais e o óleo de soja registraram quedas no valor exportado no primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano anterior. A carne bovina teve uma redução de 3,7% no volume exportado, enquanto o café registrou uma queda de 18,6%. O algodão teve uma redução de 53,7% no valor exportado, e o óleo de soja teve uma diminuição de 19,4%. No caso dos produtos florestais, como madeira e papel, houve uma queda de 31,1% no valor exportado.

No que se refere às importações, os destaques do primeiro semestre de 2023 foram trigo, milho, carne bovina, lácteos, cacau e arroz. O trigo teve uma queda de 30,8% no valor importado em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o milho registrou uma redução de 75,0% no valor importado. A carne bovina teve uma redução de 25,1% no volume importado. Os lácteos tiveram um aumento expressivo no volume e no valor importado, e o arroz teve um aumento de 22,5% no volume importado.

Esses dados refletem o desempenho do agronegócio brasileiro no comércio exterior no primeiro semestre de 2023, destacando os setores e produtos que tiveram altas e quedas nas exportações e importações. O agronegócio continua sendo um importante motor da economia brasileira, contribuindo para o superávit comercial do país e reforçando sua posição como um dos principais players globais no mercado de produtos agropecuários.